Uma História de Amor


Não é de hoje que Billy Crudup é subestimado. Em 13 anos de carreira dividiu a tela com vários astros e fez pontas em filmes como Sleepers, Todos Dizem Eu Te Amo e Peixe Grande. O maior destaque foi como o guitarrista Russell Hammond em Quase Famosos, que sem dúvida é o seu melhor filme. O motivo dessa falta de reconhecimento talvez seja porque seu nome dificilmente está associado a filmes de qualidade. Fora essas produções citadas, o restante de sua filmografia não empolga.

Dedication ou Uma História de Amor é mais um desses filmes a somar na lista. Contando com o desempenho brilhante do ator, o longa-metragem não foge de ser previsível e monótono. Na trama, Crudup é um escritor de histórias infantis que perde o ilustrador de seus livros, e também, melhor amigo. Em seguida, essa vaga é preenchida por uma nova cartunista. A relação delicada mistura auto-conhecimento e amor.

No papel romântico, Mandy Moore, pela primeira vez, não desafina na atuação. Mas, como o esperado, o personagem de Billy domina a cena. Hiperativo, nervoso e sem medo de falar o que pensa, o tal escritor é uma profusão de sensações simultâneas. A construção por parte do ator responde ao que o roteiro pede e são esses momentos que salvam a produção do total fracasso.

Infelizmente, a interpretação de Crudup é diluida no contexto e assim, permanece deixando o ator osfuscado nas sombras da indústria hollywoodiana. Quem sabe ele aparece com mais impacto na superprodução Watchmen?.

Nota: 4,5

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