Cloverfield - Monstro


JJ Abrams conseguiu o que queria. O produtor do mega sucesso Lost e dessa empreitada aqui, criou um filme de monstro digno para o cinema norte-americano. Então, esqueça Godzilla e O Hospedeiro e embarque no movimentado Cloverfield.

A escolha por um estilo Bruxa de Blair possibilitou descartar cenas monótonas explicativas sobre como surgiu a criatura. O filme é apresentado como um registro de uma câmera caseira quando Nova York sofre o ataque do tal monstro. Na fita encontrada pelo governo, conhecemos os personagens em uma festa de despedida até começar a correria e salve-se quem puder.

Apesar do caráter artesanal, a produção contêm um trabalho rico de efeitos visuais. A criatura é ameaçadora e invencível, tornando os seres humanos impotentes. Explosões, mortes e até mesmo a destruição da Estátua da Liberdade são de uma realidade impressionante.

Aliás, a palavra que define o filme é realidade. O vídeo que assistimos na tela parece verdadeiramente real. Os atores desconhecidos facilitam essa identificação e todo o momento a tensão é presente, sufocando o espectador. É como se o espectador se transportasse para o palco da ação.

O que pode incomodar o público é a tremedeira da câmera. Nada que possa causar uma tontura. Para que o filme funcionasse era necessário mostrar o desespero, até porque qualquer um que esteja lutando por sua vida não ficaria fugindo olhando no visor de uma câmera.

Cloverfield abriu o ano com uma das melhores bilheterias. O baixo orçamento de 25 milhões de dólares foi superado com quase o dobro no primeiro final de semana em exibição. Para quem curte filme de monstro é impossível deixar de se envolver com o projeto. Muito sangue, tensão ao extremo, uma criatura cool e um roteiro esperto. O que mais poderia se esperar de um filme de monstro? Cloverfield já um dos melhores.


Nota: 8,4

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