Lembranças


O burburinho em volta de “Lembranças” deve-se apenas pela presença de Robert Patinsson. Se não fosse por ele, essa produção batida estaria sendo lançada e esquecida nas prateleiras da locadora.

O jovem astro realmente atua nesse filme – ao contrário da saga “Crepúsculo” - e até manda bem no papel de um adolescente atormentado que perdeu o irmão e passou a culpar o pai pelo ocorrido. Através de uma aposta, ele conhece uma garota igualmente revoltada que também sofreu uma perda familiar: a mãe foi assassinada na sua frente quando era menor.

O drama romântico investe na química do casal, que ao menos funciona, mas deixa de lado o aperfeiçoamento do roteiro. A relação entre os personagens é tão enrolada que pouco se desenvolve. Alguns diálogos são vergonhosos, como aquele presenciado no primeiro jantar da dupla. O clímax do filme é de uma obviedade incrível, podendo ser previsto no momento que se descobre que a garota é filha do policial – não teve spoiler. Fora o encerramento, que os roteiristas introduzem um fato histórico perdido e sem contexto algum apostando que os espectadores iriam achar original. Bem longe disso.

“Lembranças” acaba se importando mais com as fãs do galã vampiro, ao tentar provocar as lágrimas das “crepusculetes” com um final supostamente surpreendente e termina perdendo o foco. Com a direção voltada para questões menos relevantes, a trama não chega a ganhar a profundidade pretendida, e deixa o resultado não mais que insosso.

Nota: 4

1 comentários:

de Dai para Isie disse...

Gostei do filme, independente da presença de Robert, mas concordo com a maior parte do que você disse. Não foi uma produção incrível e, de verdade, o mais chocante foi o desfecho. Acho que o autor poderia ter mostrado os prédios antes, assim, não pareceria um final totalmente distante da trama. Se foi surpreendente? Sim. Eu jamais imaginaria aquilo. Mas entendi que, para a vida de Tyler fazer sentido, tudo que ele queria teria de ser realizado - baseio-me numa frase que o personagem repetia em pensamento. Apesar de ter parecido um grito desesperado do autor, o desfecho do mocinho conseguiu isso. Enfim, seu pai compreendeu o que Michael queria fazer quando se enforcou.

PS. Essa confirmação de letras que seu blog pede são muito complicadas. Facilitaria muito a vida do leitor se você as tirasse. ;) Só uma dica.

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