Trabalho Sujo


Os produtores de “Pequena Miss Sunshine” chegam com uma nova comédia dramática, só que desta vez é sobre duas irmãs “fracassadas” que resolvem ter um negócio próprio para subir na vida. A empresa até que se torna bem lucrativa, porém é algo fora do comum e nada agradável. Elas trabalham com o serviço de remoção de indícios após as cenas de crime, ou seja, limpam todo o sangue e derivados dos locais.

A personagem de Amy Adams não quer mais trabalhar como faxineira em casas de pessoas bem sucedidas que foram suas colegas no tempo de escola. Quando decide mudar de situação econômica, ela dá a cara para bater e chama sua irmã na realização da primeira limpeza. Essa purificação reverte-se também na alma dos personagens, que aos poucos vão ganhando mais confiança e passam a se livrar de pesos que os prendem ao passado.

“Trabalho Sujo” é um filme modesto, que ganha a simpatia do público logo nos créditos iniciais quando exprime toda a angústia vivida pelas duas irmãs - em poucos segundos já conhecemos quem são aquelas pessoas. O trio Adams, Emily Blunt e Alan Arkin ajudam (e muito) para a consistência desses seres transgressores, que representam a vida ordinária a qual os norte-americanos não querem levar de jeito nenhum.

Os míseros 80 minutos de duração tornam-se o maior empecilho do projeto, já que poderiam ter abordado mais assuntos e com maior profundidade do que encerrar de forma abrupta. Como curiosidade, o filme ainda demonstra a facilidade de subir na vida na “América”, bastante diferente do que acontece no terceiro mundo onde o fator pobreza possui uma conotação totalmente díspar.

Nota: 7,4

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