Falsa Loura


A crítica superestimou esta grande porcaria e é muito difícil entender o porquê de tantos elogios rasgados ao cinema de Carlos Reichenbach. Depois do tenebroso “Garotas do ABC”, o diretor serve-se mais uma vez de um grupo de operárias de uma metalúrgica para discutir o cotiadiano destas mulheres cheias de sonhos e ilusões.

Percebe-se que o “clube da Luluzinha” se sacrifica durante o dia trabalhando pesado na fábrica, mas por mais que deixem toda vaidade na hora de vestir o macacão do uniforme, elas não dispensam de sair à noite todas emperequetadas. Silmara é uma delas, e acredita que sua “loirice” ajuda a seduzir os rapazes. Aos poucos, ela vai sendo usada e abusada pelos homens – uma “falsa loira” como diz o título.

O filme não consegue trabalhar nenhum dos temas que se propõe: o dia-a-dia na fábrica de mulheres comuns, trabalhadoras e jovens ou então a história de Silmara. O que fica em evidência é o amadorismo da produção, como as atuações sofríveis. Pra se ter uma noção, Maurício Mattar, Suzana Alves, a Tiazinha do extinto Programa H, e Léo Aquila, o transformista da Rede TV, são alguns dos atores do longa. Já perto do final, a trama recebe uma reviravolta surpreendente e acha que o espectador vai engolir a tentativa de ser “cult”. Tá de palhaçada!

O melhor do projeto é Rosane Mulholland (do interessante “A Concepção”). A atriz que interpreta a Silmara dá um show perante um filme perdido de intenções.

Nota: 4,0

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