Tinha Que Ser Você


O encontro de dois atores prestigiados, Emma Thompson e Dustin Hoffman, são o principal atrativo deste delicado filme adulto. De um lado temos Kate, uma desiludida quarentona que só pensa no seu trabalho e nos cuidados com a mãe. No outra ponta, Harvey é também quarentão e viaja de Nova York para Londres somente para prestigiar o casamento da filha. Ele é um sujeito amargurado, que sofre pela influência cada vez mais intensa do novo marido da ex-esposa, agindo agora como se fosse o verdadeiro pai de sua filha. A situação piora quando recebe a notícia de que não precisa voltar tão cedo para os Estados Unidos porque seu emprego foi pelos ares. Esses dois seres insatisfeitos se conhecem por acaso em um dia comum na cidade grande e a oportunidade de mudança mexe com o cotidiano habitual que antes compartilhavam.

“Tinha Que Ser Você” leva tempo para desenvolver seus personagens e quando os coloca cara a cara transforma-se em uma espécie de “Antes do Amanhecer” em que os dois conversam como velhos conhecidos sobre diversos temas. A dupla não só encontra afinidade, como também serve de ajuda um para o outro. A chance do título original acaba servindo não só para Harvey como também para Kate, e juntos eles ganham um novo incentivo para suas vidas desistimulantes.

O romance adulto é um tema que vem sendo explorado com certa frequencia no cinema atual e encontrando bom público para o mesmo. Este exemplar é bastante simplista, sem diferenciais perante as demais histórias já vistas. O que o qualifica são pequenos tons na narrativa que elevam o tradicional enfoque e, somado a isso estão as impecáveis atuações dos protagonistas.

Nota: 7,0

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