Shortbus


“Hedwig – Rock, Amor e Traição” foi um marco na carreira de John Cameron Mitchell, tanto como diretor quanto ator. A produção hiper cultuada é uma falsa biografia sobre um popstar do glamrock e conta com deliciosas músicas próprias. Depois de ser catapultado para o sucesso, o astro repentino levou cinco anos para lançar este “Shorbus”, um filme sem pudores sobre a vida sexual de um grupo de jovens.

Para realizar o projeto, o diretor buscou suporte nas relações sexuais para falar sobre aceitação pessoal – em todos os sentidos. A polêmica dessa vez foi com o conjunto de cenas de sexo explícito hetero e homossexual. Embora nada gratuitas, as sequencias não impedem a imediata repulsa dos espectadores mais puritanos.

“Shortbus” é um filme pesado e muito longe de um cinema adolescente pipoca. As cenas são perfeitas de forma independente, quando somadas ao contexto podem não justificar a sua importância. Por isso, a fita não deve ser avaliada como um roteiro linear, a graça está nas sensações que transmite, nos temas que aborda e na experiência total proporcionada. É um grande exercício de linguagem cinematográfica sobre a sexualidade sem ser de mau gosto ou grosseiro.

Nota: 7,7

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