Across the Universe

Tudo indica que os musicais voltaram para ficar. Depois da retomada com Moulin Rouge, o gênero ganhou um novo fôlego, e ano passado chegaram três longas imperdíveis que não abrem mão da cantoria: Hairspray, Sweeney Todd e este Across the Universe.

Falando desse último, o projeto é uma grande homenagem aos Beatles, já que todas as músicas interpretadas pelos atores são do grupo de rock britânico. Imagine declararações de amor ao som de Something? Protestos de guerra com Let it Be? Psicodelia com I Am The Walrus? Simplesmente incrível.

Para dar vida a um projeto bem especial, a produção focou a história nos 60 e 70, com a explosão da guerra do Vietnã e a força do movimento hippie, aproveitando também para contextualizar a época em que as canções foram criadas e faziam efeito. Não é por coincidência que que os protagonistas se chamam Jude e Lucy.

Como entretenimento, o filme possui altos e baixos. A diretora Julie Taymor utiliza em várias ocasiões elementos multicoloridos, quase alucinógenos, criando videoclipes de cada canção. Ao ser um furação de imagens, a excitação presente durante toda exibição é extremamente prazerosa.

Uma pena é o índice relevante de sequencias desnecessárias. São cenas sem propósito ou estensas demais, que se tornam cansativas para o público, dando a impressão que foram desculpas só para acrescentar tal música ao filme.

De qualquer maneira, vale deixar de lado esse pequeno incômodo e relaxar junto com Across the Universe. Para compravar como todos se renderam ao encanto do longa, Paul McCartney ao final da sessão declarou: “O que há para não se gostar?”. Se é ele que tá falando, quem sou eu para discordar. Imprescindível.


Nota: 8,0

1 comentários:

Larissa Harres Zucchelli Bittencourt disse...

Assino em baixo sobre o que disse deste filme. Realmente existem cenas desnecessárias se não fosse apenas para colocar a música no filme. Mas ao mesmo tempo é incrível como as músicas fazem todo o sentido com filme, como cada cena se complementa com a música. A trilha sonora deste filme é impagável.

Abraços

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