Adam


Adam é portador da Síndrome de Asperger, uma doença semelhante ao autismo que pode causar dificuldade na interação social, falta de empatia, interpretação literal das coisas, e outros sintomas. Após perder o pai, ele se vê desamparado, sem alguém para ajudá-lo nas atividades diárias. Essa carência é preenchida com a presença de uma jovem e simpática vizinha que recentemente mudou-se para o prédio.

Apesar de abordar um tema interessante e pouco conhecido, o filme não discute a situação de Adam com a doença. O espectador testemunha apenas a representação de uma pessoa com dificuldades de se comunicar e termina não sabendo muito além disso. Adam está na frente da câmera, mas é difícil entender o que se passa com ele. A produção não aprofunda o assunto e deixa o motivo central do projeto esvair-se para camadas mais superficiais, direcionando o foco nos olhares vazios de Hugh Dancy (esforçando-se por prêmios) e na tentativa de romance do seu personagem.

O roteiro é tão pouco inspirado que cria tramas secundárias envolvendo os pais da namorada para aumentar a duração e gerar mais conflitos na trama. O conjunto desses elementos é tão insosso, que “Adam” não desperta sentimentos fortes, apenas indiferença.

Nota: 5,0

0 comentários:

Postar um comentário