Por Uma Vida Melhor


Sam Mendes quer ser um cineasta plural. Ele já passeou pelos gêneros do drama (“Beleza Americana”, “Foi Apenas Um Sonho”), guerra (“Soldado Anônimo”) e noir (“Estrada Para a Perdição”). Agora chegou a vez de realizar um filme menor, com roupagem indie e proposta de cinema independente.

“Por Uma Vida Melhor” conta a história de um casal de trinta e poucos anos que está esperando um filho. Como os dois não possuem empregos fixos, decidem realizar uma viagem pelos Estados Unidos na busca do melhor lugar para construir uma família. Em uma espécie de “road movie”, a dupla passa de cidade em cidade visitando amigos e conhecidos.

O filme retrata uma geração de jovens com mais de trinta anos que se encontra sem formação acadêmica, sem emprego decente, sem perspectiva de um futuro melhor. São adultos perdidos que acabam acumulando obrigações sem ao menos saberem cuidar de si próprios. Esse casal que precisa de ajuda vai encontrar na jornada pessoas ainda mais problemáticas e bizarras que eles. Os personagens secundários falam tanto absurdos – e são tão caricaturais – que chegamos a achar que a sanidade está nos protagonistas.

Sam Mendes, que é um diretor renomado por seus filmes maduros, pisa na bola com essa produção simplória e sem graça. Não há como comparar os demais longas-metragens do cineasta com este último exemplar. Peca até mesmo nos principais quesitos: roteiro, atuações e direção. Mendes introduziu na sua brilhante filmografia um deslize imenso chamado “Por Uma Vida Melhor”. Cabe agora recompensar em um novo projeto.

Nota: 4

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