Ganhar ou Ganhar - A Vida é Um Jogo

Paul Giamatti é o cara mais chato do planeta. Disso não há dúvidas. Salvo “Anti Herói Americano” e “Sideways”, em que ele ainda era “fresh” no mercado, os seus filmes são tão apáticos como ele. Basta assistir “A Dama da Água”, “Almas à Venda”, “A Minha Versão do Amor” e este “Ganhar ou Ganhar – A Vida é Um Jogo”.

Para não variar nem um pouco, Giamatti interpreta o mesmo personagem de sempre: um homem fracassado e sem esperanças. Dessa vez, ele é Mike Flaherty, um advogado que vê seus clientes diminuírem semanalmente e, para não entrar no vermelho, solicita ser tutor de um vizinho com problemas mentais. Ao invés de deixar o velho em sua própria casa, despacha- o para um asilo. Em seguida, o neto, um rapaz de uns 15 anos, vem procurar auxílio com o avó depois que sua mãe é internada em uma clínica de reabilitação.

A partir desse momento, o filme ganha fôlego. O garoto é amparado pelo advogado e sua esposa Jackie (Amy Ryan) e revela-se um promissor lutador de wrestling, motivando a equipe do colégio onde Mike tira um ganho extra como treinador. E, assim, quando a narrativa parece estar tomando um rumo interessante, surge a mãe do jovem para complicar a situação e tornar tudo banal.

“Ganhar ou Ganhar” encerra sem chegar a lugar algum. Fica bem longe desenvolver uma mensagem válida sobre o jogo da vida. Pior que isso, não apresenta nada de novo para o gênero drama/indie/alternativo. O que o filme tem de bom é a presença de Amy Ryan, que, apesar de ter sido indicada ao Oscar por “Medo da Verdade, ainda não ganhou um papel à sua altura. As melhores cenas são dela com o garoto.

Nota: 5,5

30 Minutos ou Menos

Depois de “Zumbilândia” emplacar como uma comédia divertida e inteligente no universo dos filmes de zumbi, o novato diretor Ruben Fleischer apostou em uma trama curiosa para o seu próximo projeto: filhinho de papai e seu amigo seqüestram um entregador de pizza, colocam na vítima um colete explosivo e mandam o garoto roubar um banco. Se ele não conseguir a grana em dez horas, a dupla aciona a bomba.

O “pizza boy” é Jesse Eisenberg, que trabalhou com o cineasta em “Zumbilândia” e recentemente foi indicado ao Oscar por “A Rede Social”. Ele tem como melhor amigo Chet, interpretado por Aziz Ansari, que segue no automático tal qual seu hilariante Tom Haverford de “Parks and Recreation”. Os dois até possuem certa química como parceiros, mas os personagens são unidimensionais e não despertam a esperada torcida do público.

O argumento interessante que chama a atenção no início não sustenta o filme por completo. As piadas raramente funcionam e o emaranhado da trama (à todo momento alguém está em vantagem) torna-se cansativo já nos 50 minutos de duração – e olha que são apenas 83 minutos ao todo. Sem risos e uma ação capenga, “30 Minutos ou Menos” não engrena como deveria e termina como um filme apenas “ok”.

Nota: 6,5