O Fim da Escuridão


Depois de oito anos sem aparecer frente às câmeras, Mel Gibson volta a atuar em um filme de ação e mostra que, além das rugas e do cabelo grisalho, ainda tem força para “segurar” um filme sozinho. Nesse período afastado, o astro comandou dois longas polêmicos (“A Paixão de Cristo” e “Apocalypto”) e se envolveu em escândalos por ter realizado comentários anti-semitistas durante uma bebedeira. Com “O Fim da Escuridão”, o ator comprova que sua força continua inalterada na indústria do cinema.

Baseado em uma minissérie britânica de 1985, o roteiro é sobre um policial que vai ao seu próprio limite para vingar a morte da filha. A trama manjada segue a cartilha dos filmes do gênero, utilizando a mesma história de sempre com elementos variados – no caso, uma grande empresa está por trás de um esquema que envolve armas nucleares. O tema levemente complicado aproxima-se ainda de tramas políticas e deixa o espectador comum por oras distante. Para capturar a atenção do público, o diretor investe em cenas de ação violentas e chocantes – sempre bem-vindas.

Ao contrário do que promete, o filme não é recheado de tiroteios e lutas. O diretor Martin Campbell dá um ritmo lento para sua obra, carregando em diálogos e informação, que por vezes recebe intervenções de violência abrupta. O pai interpretado por Gibson entra para a galeria dos “homens vingadores” já construídos pelo ator, estes definidos pelo olhar penetrante, cara de mau e obsessão em descobrir os culpados.

Desconsiderando o encerramento “feliz” extremamente forçado, “O Fim da Escuridão” é um bom filme, que na maioria das vezes, soa realista principalmente pelo tom adotado na narrativa e pela presença de um ator que sabe captar a atenção do público - mesmo depois de quase uma década sem dar as caras.

Nota: 6,9

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