Um Crime Americano


O chocante caso da adolescente Sylvia Likens é contado nesse filme igualmente brutal. O diretor Tommy O´Haver não poupa o espectador de presenciar as cenas de humilhação e tortura. Um Crime Americano não é um passatempo como qualquer outro, não chega a ser filme bom de assistir, a experiência é pra lá de indigesta.

Após a sublime interpretação em Juno, Ellen Page dá vida a adolescente de 15 anos que é aprisionada no porão durante várias semanas por Gertrurde Baniszewski. A mulher de 36 anos ficou responsável de cuidar da menina enquanto seus pais viajavam. Como os pais não voltam e o dinheiro pela hospedagem pára de chegar, Sylvia se torna uma válvula de escape da megera.

O mais impressionante é que Gertrude tinha ainda sete filhos e todos eles conviveram normalmente com a situação. Várias crianças da vizinhança chegam a ser coniventes com as condições precárias por qual Sylvia passa, sendo que muitas vezes, ainda ajudam a torturá-la. A única exceção é a irmã de Sylvia que parece ter entrado em estado de pânico e assiste a tudo calada. Apesar de parecer exagerado, a história é baseada em fatos reais.

Um Crime Americano funciona como um relato de um caso brutal e repulsivo, uma denúncia fílmica que veio aparecer mais de 45 anos depois do acontecido. Entre os quesitos técnicos, destaca-se a ótima performance de Catherine Kenner na figura do carrasco. Mesmo sendo um filme correto, o espetáculo não é nada agradável. Justamente por isso, fica difícil apreciá-lo como entretenimento.

Nota: 6,0

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