Ensaio Sobre a Cegueira


O que muitos consideraram infilmável, o brasileiro Fernando Meirelles foi lá e fez. A adaptação da premiada obra de José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira, é o mais recente projeto do brasileiro mais respeitado atualmente no mundo do cinema.

Depois do “revolucionário” Cidade de Deus, o diretor arriscou-se no exterior com O Jardineiro Fiel e teve seu merecido reconhecimento. Agora, com esse novo longa-metragem, temos mais uma produção excelente fazendo parte de sua filmografia. Para encurtar o caso: uma epidemia de cegueira branca deixa toda uma população a beira do primitismo. Entre os afetados, apenas uma mulher consegue enxergar, Julianne Moore é quem guia os desamparados e conduz o filme.

As imagens esbranquiçadas ajudam o espectador a embarcar no contexto da ausência de visão, enquanto isso, a trama contundente do escritor envolve o público e realiza uma importante análise sobre a convivência em sociedade. Assim, já se pode compreender o sucesso do livro ao assistir a versão cinematográfica. Com Ensaio Sobre a Cegueira, Meirelles promove um espetáculo para os olhos (e para mente).


Nota: 8,0

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