Cadê os Morgans?


Esta é terceira parceria de Hugh Grant com diretor Marc Lawrence. Os dois já trabalharam juntos em “Amor à Segunda Vista” e “Letra e Música”. Nesse sentido, “Cadê os Morgans?”, assim como os demais filmes do cineasta, é uma comédia romântica previsível que vale apenas pelos atores coadjuvantes e pelo humor britânico do personagem de Hugh Grant.

No filme, Meryl e Paul Morgan são um casal bem-sucedido que está separado após a traição dele. Na busca de uma reconciliação, os dois marcam de se encontrar e, na saída do restaurante, acabam presenciando um assassinato. Com suas vidas em risco, são mandados para a cidade de Ray, no interior dos Estados Unidos.

A jogada aqui é assistir os novaiorquinos limitados à uma vida sem tecnologia e distante da cidade grande. Sem alternativas, a dupla é obrigada a conviver e redescobrir um sentimento que ainda existia em ambos. Sarah e Hugh não apresentam o carisma necessário para alavancar o filme. Ela aparece sem muita expressão com sua estética plastificada e ele apático e desmotivado com as situações que enfrenta.

Na falta de química dos protagonistas, quem se destaca são os coadjuvantes Sam Elliot e Mary Steenburgen, como o casal caipira que abriga as testemunhas em sua casa. Os veteranos aproveitam o tempo em cena e tornam seus personagens mais interessantes que os astros. Também ganham a simpatia, a dupla de assessores que cuidam das agendas lotadas dos Morgans.

Apesar dos clichês recorrentes do gênero, “Cadê os Morgans?” apresenta um humor irônico que salva a produção – graças ao personagem de Grant. Quanto ao resto, é mais do mesmo.

Nota: 5,5

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