Feliz Natal


Que Selton Mello abandonou a televisão para se dedicar ao cinema todo mundo sabe. Para comprovar isto, vale relembrar a sua última aparição no seriado “O Sistema” (2007), e antes disto em “Os Aspones” (2004). Já nas telas da sétima arte o astro não cansa de trabalhar: em 2008 protagonizou o maior sucesso nacional do ano, “Meu Nome Não é Johnny”, e ainda lançou seu primeiro filme como diretor, este “Feliz Natal”.

Apesar das ótimas críticas e diversos prêmios, o que muita gente não sabe é que “Feliz Natal” é uma tremenda bomba. Aquele tipo de filme que só os críticos gostam. Ao tomar conhecimento do projeto, esperava-se algo mais profundo quando a sinopse é de um cara que depois de anos longe de casa visita sua família desajustada em plena noite de Natal. Ou então, supunha-se que seria algo mais complexo/intelectual vindo dos olhares de Selton Mello.

O resultado é o deslumbramento de um diretor estreante, que opta por planos inusitados, próximos demais dos atores, e a presença de uma câmera inquieta, atordoante. A edição picoteada utiliza imagens entrecortadas que incomodam e quebram o ritmo das cenas. Desconsiderando o péssimo trabalho na direção, o roteiro também não ajuda com um texto fraco, grosseiro e sem atrativos. “Feliz Natal” é um teste de paciência, um filme que cura qualquer insônia. E falo isso com enorme pesar, já que admiro por demais o trabalho de Selton.

Nota: 2,0

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