Um Homem Sério

O novo exemplar dos irmãos Joel e Ethan Coen (“Onde os Fracos Não Tem Vez”, “Queime Depois de Ler”) é uma mistura de filme “tudo dá errado na vida do protagonista” com “homem levado a loucura”. O coitado em questão é Larry Copnik, um professor de física casado e com dois filhos. Tudo ocorre normalmente na classe média até que sua mulher diz que tem um amante e quer o divórcio. Esse é o primeiro passo para tudo desabar.

Ao invés de criar uma história em que o personagem tem um “dia de fúria”, os diretores e também roteiristas preferem deixá-lo como um covarde que não faz nada para sair da pior, optando apenas em se aconselhar com rabinos. A estratégia pode até soar interessante mas não é bem executada. O ritmo do longa-metragem é lento, muitas cenas não levam a lugar algum e para variar a narrativa não é completada, ou seja, termina sem encerramento ou moral.

Um Homem Sério” é mais um filme dos Coen que deixa o público frustrado. O melhor do projeto é Michael Stuhlbarg (praticamente idêntico ao Joaquim Phoenix), que interpreta o personagem do título e tem um desempenho muito convincente. Fora isso, o longa-metragem encontra-se perdido e devendo muito em qualidade para os ótimos exemplares do Oscar deste ano.

Nota: 3

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