Duplicidade


Julia Roberts e Clive Owen voltam a contracenar juntos quatro anos depois do excelente “Closer – Perto Demais” e a sintonia permanece intacta. Neste thriller sobre agentes duplos que planejam passar a perna em todo mundo, não existe mocinhos nem bandidos. O importante é se dar bem e, para transmitir esse clima de trapaça e jogo de interesses, o diretor Tony Gilroy imprime seu estilo elegante ao dividir a tela em várias cenas, transmitindo dinamismo para a trama.

O grande mote do roteiro é brincar com a duplicidade dos agentes e abordar a relação de eterna desconfiança entre eles. Embora apaixonados, o casal não consegue por um único instante relaxar e, assim, seguem maquinando estratégias para o funcionamento perfeito do plano - sempre com um pé atrás quanto a fidelidade de seu parceiro.

O filme foi considerado bastante complicado, conforme sua narrativa não linear e a linguagem específica a respeito dos trâmites entre os serviços secretos. “Duplicidade” exige mesmo a atenção do espectador (nada fora do normal), e termina por revelar-se um entretenimento esperto e charmoso, assim como seus protagonistas. Destaque também para a interessante trilha sonora de James Newton Howard com muitos batuques e swing.

Nota: 8

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