Control


Não resta dúvida de que Ian Curtis foi um sujeito infeliz. Para quem é pouco entendido de música, o cara liderou uma das bandas mais importantes do punk rock, a Joy Division. Casou-se cedo, teve uma filha, trabalhava durante o dia e viajava para fazer shows nos finais de semana. Nada disso lhe trouxe resquício algum de felicidade. Ele se suicidou em 18 de maio de 1980 aos 23 anos.

A curta jornada de Ian nesse mundo foi melancólica ao extremo, pelo menos é isso que Control, sua biografia cinematográfica, demonstra. O novato Sam Riley representa o vocalista problemático com uma fidelidade absurda. Até mesmo o olhar olhar delirante na performance de palco e os trejeitos dançantes são de uma semelhança assustadora.

O universo cinzento de Curtis é retratado pela belíssima fotografia em preto e branco. Um dos maiores acertos da produção! O diretor de videoclipes, Anton Corbijn, estréia atrás das câmeras potencializando os relatos do livro da viúva do cantor e realizando um panorama honesto sobre os principais tormentos de Ian: dividido entre a esposa e a amante, pressionado pela carreira em ascenção e sofrendo de constantes ataques de epilepsia.

Control dá enfoque maior para sua vida emocional do que para a carreira à frente da Joy Division. Ainda assim, o filme aborda sem pressa e atropelamentos as passagens mais importantes da vida do cantor. Ao final, a impressão é de que Ian não fazia tanta questão de ser feliz. Até mesmo com Anika, sua amante, ele não demonstra-se satisfeito. Pois é, o mundo da música não é tão glamuroso assim.

Nota: 7,2

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