O Nevoeiro


Após ser adiado diversas vezes, O Nevoeiro chega ao Brasil no final de agosto – quase um ano depois de seu lançamento oficial nos Estados Unidos. Tido como mais um filme de terror, o longa-metragem deve acabar tomando o mesmo caminho do primeiro Jogos Mortais, que sofreu imenso atraso, teve mínima divulgação, ganhou poucas cópias no país e conseguiu dentro dessas limitações um ótimo público nas salas de cinema.

Talvez O Nevoeiro não seja tão influente para originar uma série de filmes como o terror pornográfico de 2004, mas sem dúvida, é revolucionário no gênero. São filmes como esse que elevam o conceito de entretenimento do medo a verdadeiras obras-primas.

Em uma cidade do interior dos EUA, um grupo de moradores fica ilhado no supermercado quando um forte nevoeiro trás consigo criaturas sanguinárias. Foi justamente essa história de Stephen King que o diretor Frank Darabont, de Um Sonho de Liberdade e À Espera de Um Milagre, decidiu adaptar após seus sucessos anteriores.

O longa-metragem é um brilhante exercício de como contar uma história. Mesmo com a trama de monstros, são trabalhadas questões relevantes como a luta pela sobrevivência e o fanatismo religioso, este último personificado pela ótima atuação de Márcia Gay Harden. Outro mérito do projeto é o clima sufocante de tensão. O Nevoeiro é, como poucos filmes conseguem, de deixar o espectador roendo as unhas do início ao fim.

As criaturas surgem em forma de insetos, aranhas, monstros voadores e outros repletos de tentáculos. Por vezes os efeitos são perfeitos, já em alguns momentos parecem um pouco computadorizados – ainda assim, não é nada que interfira no andamento do filme. Vale lembrar que existe outra produção com nome parecedo: o terrível A Névoa, de 2005. Não confunda!

Os fãs de suspense e terror podem respirar aliviados! Frank Darabont trouxe um filme que mistura essas características de forma crível e inteligente, fazendo juz ao conto do mestre Stephen King. Feito raro no cinema! A ameaça de lidar com o desconhecido não é só sentida pelas pessoas acuadas no supermercado, o espectador do outro lado da tela sente o mesmo desespero daqueles que estão frente a frente com a morte.

Nota: 9

1 comentários:

Anônimo disse...

Um dos melhores filmes que assisti em 2008. Adoro as metáforas. Adoro o suspense. Adoro o fechamento. Confesso, fiquei frustrado devido forte identificação com o personagem do cara. Mas gostei de me surpreender.

Também fiquei MUITO irritado com o fanatismo religioso que comentaste (fora a intolerância e falta de bom senso geral das pessoas), outra coisa que ADORO. Quando me irrito é sinal que realmente absorvi o filme. Não tenta entender. hahaha

Sério, preciso assistir novamente. :)

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