Crítica: Quase 18


Nadine é uma típica adolescente. Insegura, ela não se sobressai entre os demais no colégio e transforma qualquer problema no fim do mundo. Por vezes, é exagerada, irritante, egoísta e mimada. "Quase 18" apresenta o amadurecer de uma personagem que não é idealizada. Seus dramas são reais e conferem o peso que é enfrentar a transição da adolescência para a maioridade.

A história se desenvolve a partir da descoberta que a melhor (e única) amiga de Nadine está se relacionando com o irmão mais velho dela. E, claro, ele faz parte do grupo de pessoas que se destacam em tudo. O mundo da jovem entra em colapso. Sente-se excluída, pois acredita que sua amiga tem outras prioridades agora, inclusive interagir com colegas mais velhos e mais populares.

Revoltada com a situação, Nadine acaba por atrair mais e mais problemas, despertando uma sucessão de erros envolvendo sua mãe, dois interesses amorosos, um professor e a própria relação com o irmão tido como perfeito. Será preciso, então, encarar cada desafio de uma outra forma. Afinal, a vida é feita de riscos, de escolhas e de aprendizado.

A diretora estreante Kelly Fremon Craig, que também assina o roteiro, adota a linha da comédia sutil para abordar os dramas da personagem. O que chama atenção são os rumos inesperados da narrativa. Quando espera-se que uma mensagem comprometedora seja divulgada na escola, o roteiro apresenta justamente o contrário. E assim por diante.

Hailee Steinfeld, já vista em produções como "Mesmo se nada der certo" e "A Escolha Perfeita 2", é puro carisma. A atriz - e também cantora fora das telas - toma o filme para si e brilha em cena, oferecendo muita verdade para a protagonista. Desta forma, e por todos os motivos anteriores, Quase 18 é um filme que se relaciona totalmente com seu público, e expande o diálogo para todos aqueles que já foram adolescentes. Sem precisar envolver situações absurdas, vampiros ou brincadeiras mortais.

Nota: 7,6

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